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Society for Mycotoxin Research realizou recentemente seu Workshop anual sobre micotoxinas em Celle, Alemanha.

De 5 a 7 de junho de 2023, cientistas de micotoxinas de instituições renomadas apresentaram seus trabalhos mais recentes sobre diferentes tópicos, como ocorrência, segurança alimentar, toxicologia, fungos e análises. A Olmix participou deste importante evento e selecionou três comunicações para serem compartilhadas neste Myco’News.

Sessão de Segurança Alimentar: Micotoxinas em insetos para alimentação humana e animal, por Ronald Maul.

Com o aumento do uso de insetos como ingredientes de ração e alimentos, o impacto das micotoxinas em insetos está sendo explorado. Depois de mostrar que a absorção e metabolização variam entre as micotoxinas e as espécie de insetos, Maul se concentrou no impacto da aflatoxina B1 (AFB1) nas larvas-da-farinha (Tenebrio molitor). As principais descobertas revelam que as larvas toleram níveis muito altos de aflatoxinas, e as acumulam pouco.

Além disso, as larvas-da-farinha metabolizam AFB1 em vários metabólitos de fase I, incluindo novos derivados, como a AFBmonohidroxilada. Enquanto isso, permanecem incertezas com relação ao destino da AFB1 na larva-da-farinha, já que 87% da toxina ingerida não foi detectada no corpo da larva ou no resíduo.

Referência: Maul et al., 2022. 44th Mycotoxin Workshop. Lecture 12, page 38.

Sessão Saúde / Exposição: Exposição de curta duração às micotoxinas Fusarium deoxinivalenol and zearalenona em vacas alimentadas com uma dieta que induz a acidose ruminal, por Regiane R Santos.

A microflora ruminal tem uma certa capacidade de desativar algumas micotoxinas. Entretanto, essa capacidade é comprometida quando a população microbiana é afetada, por exemplo, no caso de acidose ruminal subaguda. O estudo apresentado por Santos explorou os efeitos em vacas leiteiras de uma contaminação de deoxinivalenol (DON) e zearalenona (ZEA) em combinação com uma dieta que induz a acidificação do rúmen.

Os resultados mostram que a contaminação por micotoxinas prejudicou a eficiência alimentar das vacas e reduziu a produção de leite (rendimento e composição). Além disso, quando o rúmen foi acidificado, a absorção de ZEA não foi afetada, mas a exposição das vacas leiteiras ao DON e seus metabólitos aumentou.

Referência: Kroon et al., 2022. 44th Mycotoxin Workshop. Lecture 17, page 44.

Consultar o depoimento

Sessão de análise: Espectroscopia de IR combinada com análise LC-MS/MS para triagem rápida de micotoxinas, por Stephan Freitag.

A espectroscopia de infravermelho (IR) está sendo explorada para a detecção rápida de micotoxinas, como uma alternativa atraente ao ELISA, que pode sofrer reatividades cruzadas e requer muitos materiais de consumo. Em seu trabalho, Freitag e sua equipe avaliaram que a espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) é mais relevante do que a espectroscopia no infravermelho médio (MIRS) quando se trata de triagem de micotoxinas. O método baseia-se na abordagem quimiométrica, rastreando alterações induzidas por fungos nas amostras e correlacionado com a detecção de micotoxinas LC-MS/MS.  Um modelo foi criado para análise de zearalenona no milho europeu e agora precisa ser validado. A previsão de DON no trigo também está sendo explorada.

Referência: Krska et al., 2022. 44th Mycotoxin Workshop. Lecture 30, page 57.

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